Ipaam avança nas soluções para erradicar lixão em Itacoatiara

16-06-2011 10:41

O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) articula uma ação que vai acelerar o processo de erradicação da Lixeira Pública de Itacoatiara. No último domingo (12), o presidente do órgão, Antonio Ademir Stroski, esteve em Itacoatiara para avaliar se os resíduos de obra a serem descartados por uma grande empresa que está se instalando no município poderiam ser utilizados para recobrimento dos resíduos do lixão da cidade, localizado no bairro Jauari II.

A área onde a empresa está executando as obras possui grande quantidade de serragem misturada com terra. Segundo o presidente do Ipaam, é um material muito bom para ser aproveitado para adubo orgânico pela Prefeitura de Itacoatiara e também para recobrimento parcial dos resíduos urbanos.

“Desta forma, estamos dando uma solução aos resíduos da empresa e do município. A empresa se compromete a descartar o material – terra com serragem – sobre o lixão a céu aberto que é a lixeira pública, e o município a utilizar esses resíduos de modo a erradicar esse lixão”, explicou o presidente.

Após reunir-se com os gerentes da empresa que doará a terra com serragem, o presidente do Ipaam foi até a lixeira, na companhia do prefeito, Antônio Peixoto, e dos secretários municipais de Meio Ambiente, Infraestrutura e Limpeza Urbana de Itacoatiara para orientar como eles devem proceder na desativação do lixão e como devem desenvolver outros programas complementares para a gestão dos resíduos no município, como a compostagem, perfeitamente possível com o uso da mistura de terra e serragem.

“Foi o que mais recomendamos porque eles estariam também gerando uma atividade comercial e social no município com um programa de incentivo a hortas familiares. A prefeitura não deve desperdiçar esse recurso”, declarou Stroski.

 

Danos ambientais, sociais e econômicos – A atual lixeira ocupa uma grande extensão e prejudica uma área residencial nas suas proximidades e inviabiliza a abertura de uma empresa frigorífica que há seis anos espera a liberação para funcionamento pelo Ministério da Agricultura. A lixeira também começa a obstruir a própria rua que lhe dá acesso complicando a própria operação do serviço de limpeza urbana. Além disso, é forte a atração de urubus e vetores e um sério problema de saúde pública e de dano ambiental.

Os prejuízos que a lixeira de Itacoatiara vem causando ao município chegaram a ser tema de reuniões na Assembléia Legislativa do Amazonas, convocada pelo deputado Sinésio Campos (PT), e contaram com a presença do presidente do Ipaam, do prefeito de Itacoatiara, do presidente da Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais (CPRM), Marco Oliveira, e de outros órgãos estaduais e federais envolvidos.

Como resultado das reuniões, a Prefeitura de Itacoatiara comprometeu-se a desativar a lixeira mediante o recebimento, por doação, de uma nova área de 200 hectares para a instalação do novo aterro sanitário. Desse total, laudo técnico da CPRM indica que a parte apta para instalar esse empreendimento é de cerca de 32 hectares.

O presidente do Ipaam disse que os procedimentos serão compartilhados com o Ministério Público Estadual, o qual deverá se manifestar quanto às soluções encaminhadas pela Prefeitura de Itacoatiara sob a orientação do órgão ambiental estadual.

 

A articulação proposta pelo deputado Sinésio Campos e pelo Ipaam em Itacoatiara, coloca bem mais perto do fim a situação crítica da lixeira e é um exemplo da gestão compartilhada que vem sendo praticada pelo Instituto na busca de viabilizar soluções práticas e de baixo custo aos problemas ambientais do interior do Estado.

 

 



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